III DOMINGO DA QUARESMA

Nesta terceira etapa da caminhada para a Páscoa somos chamados, mais uma vez, a repensar a nossa existência. O tema fundamental da liturgia de hoje é a “conversão”. Com este tema enlaça-se o da “libertação”: o Deus libertador propõe-nos a transformação em homens novos, livres da escravidão do egoísmo e do pecado, para que em nós se manifeste a vida em plenitude, a vida de Deus.
 O Evangelho contém um convite a uma transformação radical da existência, a uma mudança de mentalidade, a um recentrar a vida de forma que Deus e os seus valores passem a ser a nossa prioridade fundamental. Se isso não acontecer, diz Jesus, a nossa vida será cada vez mais controlada pelo egoísmo que leva à morte.
 A segunda leitura avisa-nos que o cumprimento de ritos externos e vazios não é importante; o que é importante é a adesão verdadeira a Deus, a vontade de aceitar a sua proposta de salvação e de viver com Ele numa comunhão íntima.
 A primeira leitura fala-nos do Deus que não suporta as injustiças e as arbitrariedades e que está sempre presente naqueles que lutam pela libertação. É esse Deus libertador que exige de nós uma luta permanente contra tudo aquilo que nos escraviza e que impede a manifestação da vida plena.

Leitura I - Ex 3,1-8a.13-15
Leitura II - 1 Cor 10,1-6. 10-12
Evangelho - Lc 13,1-9

CELEBRAR CANTANDO

Entrada - Abri as portas  (Laud. 128)
Salmo - O Senhor é clemente e cheio de compaixão
Ofertório - O povo de Deus  (Laud. 574)
Comunhão - Ditosos os que te louvam sempre   (Laud.297)
Pós- Comumnhão - Um novo coração   (Laud. 833)
Final - Silêncio

II DOMINGO DA QUARESMA

As leituras deste domingo convidam-nos a reflectir sobre a nossa “transfiguração”, a nossa conversão à vida nova de Deus; nesse sentido, são-nos apresentadas algumas pistas.
A primeira leitura apresenta-nos Abraão, o modelo do crente. Com Abraão, somos convidados a “acreditar”, isto é, a uma atitude de confiança total, de aceitação radical, de entrega plena aos desígnios desse Deus que não falha e é sempre fiel às promessas.
A segunda leitura convida-nos a renunciar a essa atitude de orgulho, de auto-suficiência e de triunfalismo, resultantes do cumprimento de ritos externos; a nossa transfiguração resulta de uma verdadeira conversão do coração, construída dia a dia sob o signo da cruz, isto é, do amor e da entrega da vida.
O Evangelho apresenta-nos Jesus, o Filho amado do Pai, cujo êxodo (a morte na cruz) concretiza a nossa libertação. O projecto libertador de Deus em Jesus não se realiza através de esquemas de poder e de triunfo, mas através da entrega da vida e do amor que se dá até à morte. É esse o caminho que nos conduz, a nós também, à transfiguração em Homens Novos.

Leitura I - Gen 15.5-12. 17-18
Leitura II - Filip. 3,17-4,1
Evangelho - Lc 9,28 b-36


CELEBRAR CANTANDO

Entrada - Escutai Senhor a voz do meu clamor  (Laud.344)
Salmo - O Senhor é a minha luz
Ofertório - Se me envolve a noite escura   ( Laud.744)
Comunhão - Jesus tomou consigo  ( Lud.459)
Pós- Comunhão - Tudo posso  (Laud. 830)
Final - Errante vou  ( Laud.340)

1º DOMINGO DA QUARESMA

No início da Quaresma, a Palavra de Deus apela a repensar as nossas opções de vida e a tomar consciência dessas “tentações” que nos impedem de renascer para a vida nova, para a vida de Deus.
A primeira leitura convida-nos a eliminar os falsos deuses em quem às vezes apostamos tudo e a fazer de Deus a nossa referência fundamental. Alerta-nos, na mesma lógica, contra a tentação do orgulho e da auto-suficiência, que nos levam a caminhos de egoísmo e de desumanidade, de desgraça e de morte.
O Evangelho apresenta-nos uma catequese sobre as opções de Jesus. Lucas sugere que Jesus recusou radicalmente um caminho de materialismo, de poder, de êxito fácil, pois o plano de Deus não passava pelo egoísmo, mas pela partilha; não passava pelo autoritarismo, mas pelo serviço; não passava por manifestações espectaculares que impressionam as massas, mas por uma proposta de vida plena, apresentada com simplicidade e amor. É claro que é esse caminho que é sugerido aos que seguem Jesus.
A segunda leitura convida-nos a prescindir de uma atitude arrogante e auto-suficiente em relação à salvação que Deus nos oferece: a salvação não é uma conquista nossa, mas um dom gratuito de Deus. É preciso, pois, “converter-se” a Jesus, isto é, reconhecê-l’O como o “Senhor” e acolher no coração a salvação que, em Jesus, Deus nos propõe.

Leitura I - Deut.26,4-10
Leitura II - Rom 10,8-13
Evangelho - Lc 4,1-13


CELEBRAR CANTANDO

Entrada -Eis o tempo favorável  (Laud. 316 A)
Salmo - Estai comigo no meio da adversidade
Ofertório - Irmãos Convertei  ( Laud.441)
Comunhão - Nem só de pão vive o homem  ( Laud.519)
Pós- Comunhão - Vinde a Mim vós todos (Laud.862)
Final - silêncio

V domingo do tempo comum

A liturgia deste domingo leva-nos a reflectir sobre a nossa vocação: somos todos chamados por Deus e d’Ele recebemos uma missão para o mundo.
Na primeira leitura, encontramos a descrição plástica do chamamento de um profeta – Isaías. De uma forma simples e questionadora, apresenta-se o modelo de um homem que é sensível aos apelos de Deus e que tem a coragem de aceitar ser enviado.
No Evangelho, Lucas apresenta um grupo de discípulos que partilharam a barca com Jesus, que acolheram as propostas de Jesus, que souberam reconhecê-l’O como seu “Senhor”, que aceitaram o convite para ser “pescadores de homens” e que deixaram tudo para seguir Jesus… Neste quadro, reconhecemos o caminho que os cristãos são chamados a percorrer.
A segunda leitura propõe-nos reflectir sobre a ressurreição: trata-se de uma realidade que deve dar forma à vida do discípulo e levá-lo a enfrentar sem medo as forças da injustiça e da morte. Com a sua acção libertadora – que continua a acção de Jesus e que renova os homens e o mundo – o discípulo sabe que está a dar testemunho da ressurreição de Cristo.

LeituraI - Is 6,1-29.3-8
Leitura II - 1 cor 15,1-11
Evangelho - Lc 5,1-11


CELEBRAR CANTANDO

Entrada - Vinde prostremo-nos em terra  (Laud.867)
Salmo - Na presença dos anjos eu Vos louvo Senhor
Ofertório - Tu que nas margens do lago   ( Laud. 827)
Comunhão  - Caminhando Jesus  (Laud.192)
Pós- Comunhão - Não fostes vós que me escolhestes  (512)
Final - Quero ouvir teu apelo senhor  (Laud.712)